terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Sorriso

Hoje eu retirei o véu da percepção;
Gostaria de parar o tempo!
Me perder em seu sorriso como o eremita que contempla a imensidão;
Me julgo forte! Me desmancho ao vento!!
Te solicito como um ultimo pedido;
Dessa triste vida que vai lentamente perdendo o sentido;
Hoje eu encontrei a redenção!
Naquele sorriso doce que absorve em minha emoção;
Sua face risonha não sai da minha mente;
A melodia daquela meiga risada me deixa inconsciente;
Algo tão normal e tão surpreendente;
Sua beleza é ofuscante e comovente;
Sou racional o bastante eu suponho;
Para almejar me perder em você, garota sonho.
De agora em diante sua doce risada seráa trilha sonora da minha existência;
Deus te fez como um ato de benevolência;
Um segundo a te espiar apaga toda esta ausência!
Meu pedacinho do céu;
Rostinho castanho sabor mel;
Seja a calmaria onde tranquilo meu barco navega;
No teu sorriso puro a minha alma se entrega!
Desarmada, condenada a te amar;
Assim como as coisas boas esta folha também tende a se acabar;
Hoje a noite o teu rostinho delicado será a unica imagem que terei ao sonhar!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Toda a capacidade humana (parte I)

Toda a capacidade humana/
nos condicionou a essa ordem insana/
Todo nosso potencial equilibrasse em uma arte profana/
Sun tzu o estrategista que te engana/
arte da guerra que não te traz benefícios/
Ciência da paz que te dá subsídios/
pra subsistir em meio ao caos/
Na corrida desenfreada para imitar os maus/
Aqueles que nada mais tem a perder/
Aqueles que precisam ter para ser/
Olhando para o passado observamos como poderíamos viver/
A proposta que foi rechaçada/
por uma rebelião encabeçada/
Pelo animal Racional cujo o raciocínio não vale quase nada/
Somos todos iguais em essência para perder tempo/
Como a vida é curta quando não se esta atento!/
Nos ideais, se estes voam com o vento/
É melhor repensar a estratégia/
E se imunizar contra a inveja/
Que te leva/ A cobiçar o que é alheio/
Para te distrair, esquecer para o que veio/
Trocar o puro pelo imundo, o bonito pelo feio/
Isso nunca foi vantagem e nem será agora/
O tempo não para, fique atento a hora/
Recomponha-se e siga a vida lá fora/
Pois esse é o objetivo/
Do cidadão socialmente ativo/
Pessoalmente, ainda sou introspectivo/
Totalmente fechado, mas o rap é o meu crivo/
Meu canal de comunicação direta/
Siratal al mustakim* - minha linha é reta/
Meu rap é uma seta/
Apontando para o inalcançável céu/
Como provado pela torre de babel/
Mas se a pureza na intenção/
E não a espaço para vacilação/
Então o caminho esta aberto/
Planeje, programe, observe de perto/
E nunca abandone o caminho certo/
Esse é o espírito da coisa/
Só vence quem ousa/
E não tem vergonha de resolver o problema na lousa/
Pois quem só aceita ser testado com questão de múltipla escolha/
Cria uma barreira natural, se esconde em sua bolha/
Enquanto minha caneta viola esta folha/
Meu pensamento flui em estilo poesia/
Sorria, não sou tão soturno quanto gostaria/
Nem vou abrir uma empresa, introspectivo e companhia/
Meu rap é copendico e te inicia/
Introduzindo nas mentes o pensamento de vanguarda/
Enquanto milhões de brasileiros ainda consideram sua pele parda/
Nessa busca constante pelo o que dizer/
Verso sobre o nada em respeito a você/
Jovem fruto da contradição pós-moderna/
No epicentro dessa guerra interna/
Os anjos mandados por Deus trazem conforto/
Coração em pedaços, o fim proposto/
Não foi alcançado/
Frágil filho do pecado/
Tombado na busca por mais um versículo/
O melhor da filosofia do mundo de Foucault a Epícuro/
Retrocesso constante contido no instante/
Deus esta próximo não o trate como um distante/
Pois há uma justiça que nunca falha/
O velho samurai, sua katana ainda retalha/
Aqui a miséria desgraçadamente se multiplica/
Servos ingênuos sua situação se complica/
Toda essa carência implica/
No fim da vida/
Vida animal, vida vegetal/
Então não banque o imortal/
E lembre-se, consciência é fundamental/

O Poeta

O poeta

A finita imagem do infinito;
Esta é a natureza de todas as poesias;
Todo o trabalho humano tende ao ultimo limite;
Seu arquétipo nunca termina no céu.

Qual é o sentido da beleza e da arte?
Na maior parte das vezes para mostrar o caminho dos nossos corações.

O canto de um pássaro vindo do céu;
O mundo tinha sido um sonho; e a canção fui eu.

Frithjof Schuon

domingo, 24 de outubro de 2010

Meio quilo-jaule de verdades

Tradição oral.
Aqui o que se transmite é a fragilidade governamental!
Reformas, ação global.
Muito individualista por sinal.
Na noção entre bem e mal.
É minha terra assisti timida.
A sua propria partida.
Enquanto a água cai do céu, a rotação do globo.
Encharca-se de lagrimas as conquistas do meu povo.
E voltam-se ao principio denovo.
Não tem mais para onde expandir.
E a mãe natureza pergunta, porque vocês jogam o lixo aqui?
O homem não tem mais para aonde ir.
Com os soldados a frente para sentir.
O azar, de não mais voltar.
Vir; A crítica não aplaude quem não faz sorrir.
É o vírus da indignancia prestes a se contrair.
Protesto silêncioso.
Hábito pecaminoso.
Está na hora de aflorar as virtudes do virtuoso!
Aqui tudo é venenoso.
Os vícios, as linguas, os bolsos.
Que se esvazeiam com demasiada rapidez.
Planeja-se mais uma vez.
Mas aqui só tem vez!
Quem fala YO,YO ou 1, 2, 3.
Focalizando a insensatez.
Enquanto está se vigiando.
Os homens estão se tornando.
Outra coisa com alguém modelando.
A família sucumbe, o pai está gritando.
Os misseis silênciam o lamento, o menino esta chorando.
As pernas tremulas continuam carregando.
O peso de cristãos, judeus e muçulmanos.
Olhasse pasmo a individualização dos seres humanos.
E a lagrima escorre retraida no cantinho do rosto.
Não, aqui cada um assume o seu posto.
Ao passo que o suposto.
Motivo atenuante e virtuoso.
Que nos reporta ao centro do globo.
Encharcado de lodo.
O olhar frio do lobo!
Distanciado.
A premissa não procede como o esperado.
Sobrepujar o já vacilado.
Fora de foco, não contextualizado.
Senhor da guerra ovacionado.
Míssil de 20 mil km de abrangência, focalizado.
Terror protagonizado.
Uma bomba rélogio prestes a estourar.
O discurso dos lideres a insuflar!
Palavras vazias; Psitacismo.
Proveniente do trabalhador; Mecanismo.
Governo de outrora; Comunismo.
Quem se prontificará a libertar; O Liberalismo?

Mundo Contraditório parte I

Mundo contraditório (parte I)


Um bom pressagio/ precede um adversário/ gladiador ou legionário/ não é pario/ pra arte da guerra/o milênio encerra/ com um saldo negativo/ são ossos do oficio/ aumento da criminalidade, acumulo do vicio/ no inicio/ era o verbo/ e o verbo se fez/ destruiu outra vez/ tudo com idéias/ parábolas, teorias abstratas/ mulheres de meia idade pacatas/ destruição das matas/ existencialismo inexistente/ discurso incoerente/ consetudinariamente/ vão se criando disparidades/ em todas as cidades/ desses burgos atrasados/ desses servos mal pagos/ porém fieis/ têm-se todos aos seus pés/ eterno mujahideen Radamés/ ao invés/ de seguir a tendenciosa tendência de moda/ ciclicamente como nossa sublime invenção,a roda/ ninguém denuncia que aqui Deus é uma pistola/ uma Taurus cromada/sem uma arma você não é nada/ porque nossa capacidade de dialogar não é utilizada/ sendo assim todos somos ignorantes/ medíocres infames/ que buscam a paz inexistente/ pois acreditam veemente/ nos que falam, falam, falam/ os que vendem munição, mas nunca atacam/Falem do islamismo/ sem confundir com radicalismo/os filhos de Ismael sofrem racismo/e isso os sociólogos não falam/ quando uma criança morre de fome eles se calam/ eles querem um país perfeito/ e usam um linguajar rebuscado pra causar efeito/ o presidente eleito/ é um boneco fantoche/ o filosofo que foge/ corre em direção ao saber/ sem saber ao certo o porque/ o que nós temos que ver?/passar e rever?/ pra rever o nosso conceito/ por que civis inocentes morrerem é aceito?/ oh meu Deus onde estará esse cruel defeito/ que os imperialistas chamam de pequeno deslize/ o advento da guerra/ sangue inocente encharca a terra/ mas só a guerra traz a morte digna/ entreguem para a minha mãe a minha insígnia/ pois eu sou mais um combatente/ na verdade todo mundo defende/ algum ponto de vista/ que se choca em alguma pista/ nessa eterna busca de temas/ que denunciam problemas/ sociais, morais, existenciais/ instituições penais/ métodos de tortura totalmente ilegais/ aplicados com intuitos meramente formais/ quem estará por traz/ dessa podridão/ estágio de quase que total escravidão/ manipulação/ incredulidade gera atrito/ as crianças choram/ filhas do conflito/ na Chechênia, na Caxemira, na Somália/ a autoridade retalha/ qualquer manifestação pró/ porque nós estamos sentenciados a morrer só/ sozinho contra as adversidades do mundo/ terrorismo oriundo/ de nós mesmos/ os fins continuam a justificar os meios/ meios intoleráveis de se conseguir/ meios cruéis de persuadir/ em contra-partida esforços inteligíveis para se reagir/ permanecer, vencer, resistir/ qualidades inerentes ao ser humano/ a maior arma de destruição em massa/ todos os dogmas não passam de uma farsa/ logo esse mundo não existe/ pelo menos acredite/ que eu sou somente uma miragem/ esse mundo é somente uma passagem/ que desgraçadamente convertesse no culto a auto-imagem/ que criticidade aflorada/ seria melhor ler o ser ou o nada/ ou apertar parafusos numa obra super faturada/ ordem econômica defasada/ sistema corruptor ou corruptível?/ a ordem natural autera-se conforme o nível/ de evolução que é aplicado/ o fruto do pecado/ não abriu respaldo/ a gente inocente/ anarquista descontente/ talvez seja o que mais cresce por aqui/ rir, sorrir/ algo a mais para se construir/ no dia em que o Senhor descansou/ o homem pela primeira vez discursou/ sobre a importância da guerra/ vencido em primeira instancia/ pela primeira vez as armas interromperam a infância/ lancem-se ao mundo, façam com que saibam/ como eles nos tratam/ a história do homem se confunde com a historia da tirania/ e a hipocrisia, a muito é um traço psicológico/ o que é lógico?/ nessas semelhanças rascunhadas para fora/ desses micro-poderes usados agora/ ler e conter/ tecer a estrada do saber/ pra fins pacíficos/ que culminam em interesses atípicos/ aos tiranos/ amor, versar sobre os poetas urbanos/ nossos planos/ são causas atômicas/ desses intelectuais preocupados com as crônicas/ de nada adianta pensar/ se você não vai mudar/ de Marx a Osama/ de Góbi ao Atacama/ todos temos sede/ sedentos, amor pela rede/ que nos aproxima, quanta distancia?/ quando eu era criança/ tudo parecia mais próximo que hoje/ porque o amanhã é tão distante/ que sofrimento constante/ ansiedade prolongada/ milênios que passam em velocidade acelerada/ enquanto o homem continua fazendo a coisa errada/ mais uma jogada/ descartem a era das mascaras/ das sinceridades raras/ o homem virou escravo do tempo/ a rasgar a paisagem urbana como o vento/ quem diria uma pitada de sarcasmo/ ninguém mais consegue tolerar/ quanto mais enfrentar/ rumo ao fim/ não cabe a mim/ o julgamento dessa tal situação/ de Sócrates a Platão/ maiêutica, não tira conclusão/ então/ voltamos ao principio/ o verbo quem diria é o meu oficio/

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Vida medíocre

Vida medíocre.

Vida. Oh vida medíocre. Que de nada me valeste. Sem nada pedir, meu carinho recebeste. Tua solidão foi o meu premio, meu consolo, meu refugio, minha fortaleza, meu castelo, meu lar, minha princesa. Oh vida medíocre, o que será de mim sem você? E quando eu procurar sem saber? Quais respostas, se entregam ao viver? Enaltecer-me? De que? Pra que? Por quê? Para nada. Oh vida medíocre, que breve se acaba. Quanta ternura, eu gostava. Mas fostes sem perguntar se eu lhe amava. Vidinha medíocre, vidinha ponderada. Donde eu descobri que os diamantes, ah os diamantes, saem do nada!


Travastes uma batalha em silêncio. Chorastes, sofrestes, cadê teu prêmio? Tudo bem eu compreendo, teu silêncio, tua face, teu sorriso é um prêmio. Oh vida medíocre, que lar é este que habitas? Forças poéticas que se chocam nas pistas. Nas formalidades, nas brigas. Me englobe, oh vidinha medíocre, para que eu possa dizer: Sim eu faço parte, eu amo quem me abate. Sem nada lhe pedir em troca. Vida medíocre, vida que se enrosca. Quem podia já foi embora, só me resta à aurora. O presente do poeta, do vilarejo, quem te liberta? Tu me cativaste moça esperta.

Pobre do homem pobre, o que o futuro lhe reserva, o mundo ta do avesso. Quando rezo, quando peço. Deus está presente, sempre esteve. Fui eu que me mantive ausente, por solidão. Amor platônico, sim acredito, sim eu vivo. Caro amor platônico, quem diria, meu mais confiável amigo. Mas ela era tão bonita! Bonita como a vida!

ass.: Radamés

domingo, 9 de agosto de 2009

Crônicas do mundo em crise: Capítulo I

Crônicas do mundo em crise: Capítulo I - Relátorio de atividades mentais do lirico ser em transformação.


O presente ensaio é uma busca ensandecida por respostas, respostas estas que se omitem, que se anulam ou simplesmente inexistem. Por enquanto me aterei ao fato mais tácito e facilmente verificável. Eu sou um adolescente, um jovem homem no turbilhão da pós-modernidade, é realmente, eu sou um homem moderno, iludido por dogmas modernos, englobado por sistemas modernos, escravizado pelo libertário trabalho assalariado moderno, enganado pelo mentiroso compromisso com a "verdade que os convêm" da mídia moderna. Vamos versar sobre essas crises que nós tanto gostamos de acusar e de que tão pouco lutamos para mudar. O homem moderno é uma ilha de projetos, a maioria utópicos, ele vive com o futuro na cabeça e pouca ou nenhuma esperança depositada no dia depois de amanhã, falta esperança!
Falta uma relação estabelecida na verdade, confesso, eu ainda acredito na verdade, talvez por isso eu seja brega, fora de moda, porque eu nasci e cresci sob o signo do relativismo e hoje eu anseio por respostas! Talvez se eu fosse social democrata num país onde o social democrata é a oposição, eu seria um proletário menos burguês passeando no carro do ano, Copacabana entardecer, linda o ano todo, buscando um porque para a brevidade da existência e cuspindo nos miseráveis. No país dos mestiços os filhos da classe média empobrecida, ensandecida que se engalfinha em formigueiros de vinte e tantos outros andares e, quando a lua toca o centro do universo eles deixam seus quartos, antros de perdição, lares profanos para incendiar o que restou da Roma, o que restou dos índios, dos homens, heróis possuidores do asfalto que o INCRA adora fingir que não os vê, que eles não existem! Hitler de certa forma permanece vivo!
Inexisto no seio de minha militância, meu protesto é rechaçado pois não encontro fluência da prisão cotidiana, falo o idioma das metáforas não vos enganais. Eu não engano, jamais vou revelar tudo, talvez seja porque eu manifesto o desejo de ser lido, mas não é tudo que refuto, englobo e sou englobado, por isso, fuja da ideia do pecada que para mim existe, muito mais do que posso viver nessa masmorra de moralidade elevada ao terceiro estágio, eu sou a minha morada. Overdose de nova visão, tentem me deter, tentem me vencer, meu campo é a emoção.

Vamos fazer amor em meio a guerra, amor universal e não amor paradoxal isso não corrobora o pacifismo. Hipócritas desalmados, que lar grande o bastante é este? Exaltam o que de pior o ninho da pobreza fabrica em cima do rejeito, indigesto, qual gesto? Satisfaz a nossa gente já diminuída pelo ódio, pelo menosprezo, pela psicose, pela overdose, por um estigma que se carrega junto ao peito, esvazio minha mente em face de murros inexistentes, quem entende a minha paranóia?
Vamos ensinar! Vamos brincar disto! Meus heróis manuseavam microfones, mas nem todos! Sou fascinado por humildade, acredito em pequenas ações, bairrismo global me representa. Vamos estabelecer uma troca, o melhor de nós mesmos em troca de uma sociedade mais justa! Quem dentre vós é o melhor? Bobagem, não acredito na escala de mensura vertical, se não, não haveria sentido para vislumbrar os horizontes. Eu tenho uma usina de idéias em meu cérebro fabricando pensamentos e de vez em sempre eles se chocam, eles precisam fazer isto, para que eu tenha a sensação de estar vendo outra coisa, as vezes sou injusto comigo mesmo, mas não é premeditado! A vida passa e te leva consigo e o tempo todo acreditamos estar parados enquanto os sortudos vigentes, as elites empoladas regurgitam sobre as camadas mais baixas toda a sua indiferença, mas tudo se move. A inércia é a dimensão exterior na cidade do pecado que move as peças numa frenética ânsia pelo "xeque-mate", você ainda acredita em vítimas? Eu já não penso mais nisso, não qualifico dessa forma, somente nos puros não a premeditação, logo, ausência de culpa, estas palavras já livraram perversos e condenaram inocentes. Isso faz algum sentido para você?
Nem para mim, assassinos vestindo ternos de grife para sempre serem julgados, os responsáveis pelos crimes de guerra na Bósnia, onde estão? 13 anos depois Radovan Karadzic e Ratko Mladic gozam sua liberdade banhada no sangue dos inocentes, talvez Milosevic também desfrutasse desta mesma liberdade se ele não tivesse aparecido morto na cela, porém eles enforcaram Saddam Hussein e bebem o petróleo do oriente. Caçoando da figura patética que Hugo Chávez representa, mas não se esquecem que nos últimos quarenta anos, a América Latina recorre ao comunismo para afogar suas magoas. O imaginário popular do mestiço guerreiro que desbrava as entranhas da América Latina com suas barbas por fazer, seu mercado ilícito e seu sonho de vencer para essa terra espremida entre a pobreza e o hemisfério sul, monolinguista se o Brasil não fosse um país de proporções continentais. Eu não aplaudo assassinos!
O mais longo dia da mentira brasileira, aquele primeiro de Abril de 1964, toda aquela situação que se arrastaria por submissas duas décadas, tudo isso poderia ser mentira, aquela situação desastrosa que deixa todos sem fôlego. Hey tragam um inalador, ventilem os pulmões de Vladimir Herzog, assoprem a vida para o descendente daqueles homens rústicos que bebem vodka por hábito, aqueles homens que derrubaram um czar, uma ordem burguesa, colocaram homens que se importavam com a liberdade, seu simbolo a foice e o martelo foi exportado para "republiquetas" falidas e corruptas ao redor do mundo como uma salvação contra a tirania eurocentrica exportada aos quatro cantos pelo colonialismo. Esses homens brancos, loiros e entroncados que abateram um austríaco que no alto do seu devaneio se coroou o "novo César" e queria mergulhar o mundo no caos e a Europa em um sistema feudal de ordem étnico-racial. Esses homens de olhos azuis e nomes complicados que vivendo no exterior adoram se agrupar em máfias nas docas e pier's, nos portos, camuflando seus produtos ilícitos em meio a carne de peixes nobres e caviar em seus container's velhos. Estes bravos homens que trouxeram Karl Marx para a linguagem comum e o tomaram como um parente e herói, exportaram o socialismo, apoiaram sonhadores e mesquinhos e dividiram o mundo em dois. Aquele jovem jornalista alto e visivelmente vulnerável entrou para a história recente desse país, nunca poderei ler seus pensamentos, mas tenho certeza que ele tinha orgulho de sua descendência russa.
A vida moderna nos convida a tomar posições, somos anarquistas por dever, socialistas por esperança, neo-nazistas por ceticismo e capitalistas por comodidade. Quem pode fugir da política? Arnaldo Jabor disse que ela envenena a alma, quanto mais eu fujo mais a minha alma se afunda nesse lamaçal . Quem é o messias da oposição? Michael Moore? Noam Chomsky? Professores de um ceticismo ideológico cuja a apologia é pelo invisível construtor dessa realidade, o dilacerado operário, a "bucha de canhão" para Zenóbio da Costa. O brasileiro pós-ditadura é um ser egoísta, recluso em sua concha paradigmática que se volta as grandes metrópoles, megalomania do país continental, murros na parede, vejam a tragédia da liberdade, quanta ingenuidade. Al Gore perdeu a eleição e foi dar uma de "bom samaritano", sua resignação ecológica faz me lembrar de um professor que me deu aula na universidade, ele em certos dias da semana ia para a universidade de bicicleta com o intuito de diminuir o impacto ambiental que a descarga de sua "Ranger" que dilacerava as moléculas de oxigênio com o seu gás carbônico infectuoso matava tudo ao seu redor. Talvez eles sejam homens felizes, redimidos do pecado original, verdadeiros escoteiros da academia, Carlos Renato Carola e Al Gore, o pragmatismo uniu seus espíritos.
Os trovadores alimentam um suicídico sentimento libertário, eles veneram a morte, pois antes o martírio é o cotidiano que alimenta o amor platônico pela Dona, a senhorita do algoz, como uma sereia em uma aldeia do Norte de Portugal, seu fado triste e melancólico atraia os aldeões para a sua alcova, o lamento nunca é cessado, assim será ele mais duradouro que minha humilde carcaça. Assim perdurará mais do que esta radiografia de minha produção intelectual, como estrelas pairando no céu, caprichosas! Eu não consigo me decidir entre a certeza da eternidade ou a triste beleza do momento.

sábado, 8 de agosto de 2009

Se for difícil seguir em frente

Estas ásperas aparências que cobrem nossa existência de angustia, quando nos deixará em paz? por que precisamos caminhar cansados sobre o solo abençoado do deserto dos sonhos realizados com determinação para que a sombra do abutre não paire em nossa alma?
Límpidas como as águas de um manancial são os sonhos daqueles que se propõem a defender do o mundo da sua aparente monotonia. Aqueles que buscam algo de concreto, em meio a imensidão de ilusões que nos enganam, que nos confortam. Aquele que assisti passivo sua vida passar, já fez sua escolha!
Um guerreiro nunca se entrega, porque sabe que no fundo todos os limites são psicológicos. Por que viver eternamente, se uma fracção de segundos de nossa existência é mais terna! Deus não se preocupa com o tempo! Aquele que corre buscando ver nos outros seu reflexo, sempre se frustra com o resultado, essa é a encruzilhada da humanidade, assumir que a pequenez do ser humano é criada por ele próprio! Quem tem medo da verdade nunca será um bom legislador!