quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Vida medíocre

Vida medíocre.

Vida. Oh vida medíocre. Que de nada me valeste. Sem nada pedir, meu carinho recebeste. Tua solidão foi o meu premio, meu consolo, meu refugio, minha fortaleza, meu castelo, meu lar, minha princesa. Oh vida medíocre, o que será de mim sem você? E quando eu procurar sem saber? Quais respostas, se entregam ao viver? Enaltecer-me? De que? Pra que? Por quê? Para nada. Oh vida medíocre, que breve se acaba. Quanta ternura, eu gostava. Mas fostes sem perguntar se eu lhe amava. Vidinha medíocre, vidinha ponderada. Donde eu descobri que os diamantes, ah os diamantes, saem do nada!


Travastes uma batalha em silêncio. Chorastes, sofrestes, cadê teu prêmio? Tudo bem eu compreendo, teu silêncio, tua face, teu sorriso é um prêmio. Oh vida medíocre, que lar é este que habitas? Forças poéticas que se chocam nas pistas. Nas formalidades, nas brigas. Me englobe, oh vidinha medíocre, para que eu possa dizer: Sim eu faço parte, eu amo quem me abate. Sem nada lhe pedir em troca. Vida medíocre, vida que se enrosca. Quem podia já foi embora, só me resta à aurora. O presente do poeta, do vilarejo, quem te liberta? Tu me cativaste moça esperta.

Pobre do homem pobre, o que o futuro lhe reserva, o mundo ta do avesso. Quando rezo, quando peço. Deus está presente, sempre esteve. Fui eu que me mantive ausente, por solidão. Amor platônico, sim acredito, sim eu vivo. Caro amor platônico, quem diria, meu mais confiável amigo. Mas ela era tão bonita! Bonita como a vida!

ass.: Radamés